sexta-feira, 1 de maio de 2015

Saiba as vantagens e as desvantagens das modalidades de financiamento de imóveis

Saiba as vantagens e as desvantagens das modalidades de financiamento de imóveis

Habitação29/04/2015 | 08h31

Mudança nas regras da Caixa Econômica Federal favorecem a compra de imóveis novos, mas especialistas recomendam cautela em cada caso para fazer um bom negócio




Com novas regras, Caixa estimula a compra de imóveis novosFoto: Charles Guerra / Agencia RBSTHIAGO SANTAELLA e KARINE WENZEL
thiago.santaella@diario.com.br; karine.wenzel@diario.com.brA partir do dia 4 de maio, começam a valer as medidas da Caixa Econômica Federalque restringem o acesso ao crédito para a compra de imóveis. A mudança afeta mais o mercado de prédios e casas usados, complicando a compra e a venda, mas é consenso entre os afetados que esse deve ser um elemento que se soma a este ano de crise.– A perspectiva diante dessa situação, não vou dizer catastrófica agora, mas a médio e longo prazo será desastrosa para o mercado imobiliário – avalia o presidente do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis de Santa Catarina (CRECI-SC), Carlos Beims. Saiba o que muda com as novas regras do financiamento da Caixa

 Caixa Econômica reduz teto de financiamento para imóveis usados

Na última segunda-feira, a Caixa anunciou o aumento dos juros, que já tinham subido em 2015 a 9,15% ao ano, para 9,45% anuais. Reduziu também o limite de financiamento para a compra de imóveis usados, que caiu de 80% e 70%, dependendo da modalidade do empréstimo, para 50% e 40%. Agora, quem quiser adquirir um apartamento pelo banco, que oferece os menores juros do setor nesse tipo de compra, vai ter que bancar metade ou mais da metade do valor total.A entidade está em contato com Brasília, por meio do Conselho Federal de Corretores de Imóveis, para tentar reverter a medida do governo federal e para garantir que a mudança seja provisória, apenas neste período de baixo estoque da poupança (uma das principais fontes de crédito imobiliário, ao lado do FGTS). Para o presidente do Sindicato da Habitação da Grande Florianópolis, Fernando Willrich, a atitude desincentiva o comércio e é um golpe duro para o mercado imobiliário:– É um dos setores que mais emprega no Brasil, considerando toda cadeia produtiva. Uma falta de incentivo que pode trazer prejuízos grandes para nosso mercado.Grupos de clientes mais impactadosDois grupos são os mais afetados pela mudança. Primeiro, quem comprou apartamentos na planta como investimento (veja ao lado). O segundo grupo é formado por quem já firmou neste mês contratos em imobiliárias, mas não concluiu o contrato de financiamento com a Caixa. Nesse caso, assinaram a promessa de que comprariam um apartamento, por exemplo, em uma situação que agora é outra.

É provável que alguns venham a desistir do sonho da casa própria que já estava encaminhado e rescindam o contrato de compra por não terem recursos para arcar com uma entrada maior – sujeitos à multa que normalmente é de 10% sobre o valor da venda.



Momento é bom para quem tem economias para negociarApesar das medidas de restrição ao crédito imobiliário, o período pode significar bons negócios para o consumidor que tem dinheiro para adquirir um imóvel.– Com a velocidade menor de venda do que nos anos passados, quem quer investir num imóvel tem uma capacidade de barganha muito grande – afirma Fernando Willrich, presidente do Sindicato da Habitação da Grande Florianópolis.Willrich acrescenta que investir em imóvel ainda é uma boa opção, já que o produto valoriza acima da inflação. 
Diante do cenário de desaceleração do setor imobiliário, o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon) da Grande Florianópolis, Hélio Bairros, afirma que a localização do imóvel torna-se ainda mais decisiva no momento da venda:– Dependendo da localização e do valor, o imóvel sofre mais impacto. Os de luxo e classe média, de R$ 500 mil a R$ 800 mil, sofrem bastante porque demora um pouco mais para comercializar – diz Bairros.Empreendimentos entre R$ 300 mil e R$ 400 mil são os que ainda são bem procurados para negociação. Para o presidente da Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação, Lúcio Delfino, o impacto das novas medidas será muito grande na liquidez e nos preços dos imóveis:– Em dois meses, isso deve começar a ser sentido. Uma das coisas que pode acontecer é o consórcio voltar a ganhar força – projeta.



Imóveis usados passam a ter percentual financiável reduzido (Foto: Charles Guerra / Agência RBS)


Feirão da Caixa em SC
Neste ano ocorre a 11a edição do evento. Em Florianópolis, a Caixa espera que o volume de negócios seja semelhante a 2014, próximo a R$ 450 milhões. Confira as cidades que terão a feira:BLUMENAU
De 20 a 24 de maio, no Parque de Exposições Vila Germânica, em conjunto com a Fenahabit. De 20 a 23, das 15h às 21h30min. Dia 24, das 10h às 21hJOINVILLE
De 29 a 31 de maio, no Centreventos Edmundo Doubrawa. Dia 29, das 16h às 21h; dia 30, das 10h às 21h, e 31, das 10h às 19hCHAPECÓ
De 5 a 7 de junho, no Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nes, das 9h às 20h. Devem participar 23 imobiliárias, com exposição de imóveis de cerca de 35 construtorasFLORIANÓPOLIS
De 22 a 24 de maio, no CentroSul. Dias 22 e 23, das 10h às 21h. Dia 24, das 10h às 18hPREPARAÇÃO
Para saber antes mesmo do evento quais são a ofertas disponibilizadas pela Caixa, construtoras e imobiliárias basta acessar o portal Feirão Online da Caixa no site www.caixa.gov.br/voce/habitacao. Além disso, no portal é possível fazer simulações de financiamento. Importante levar documento de identidade, CPF e comprovantes de renda e residência para fazer a simulação no local.Fonte DIÁRIO CATARINENSE

Fonte: Frederica Richter
Publicado em: 2015-05-01T12:50:00.001-07:00

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